sábado, 24 de abril de 2010

I DON'T NEED NO DOCTOR!

Parem! Eu estou bem!

Não me pressionem!


Larguem-me!


Eu sei o que faço, sei o que quero. A vida pode ter-me pregado uma partida, mas jamais me apanhará noutra.


Escusam de me tentar baralhar as ideias, sei para onde vou, assim que puder. Não me venham com conversas de ser perigoso ou não, não me digam o que devo ou não fazer, porque, simplesmente, não vou ouvir! Sou determinada!


Deixei de ser influenciada na noite em que me puseram ao nível do chão, a tentar lavar o mar de lágrimas que pingava copiosamente dos meus olhos, no dia em me deram um coração pesado para as mãos e me deixaram ao cargo o seu funcionamento.


Vi-o abrandar cada compasso, cada batida, cada sonido...até que parou, simplesmente, parou. Desde essas pesarosas horas da noite, que me olhei ao espelho e mudei. Se queria marcar a diferença, a primeira coisa que tinha de fazer era olhar para o reflexo da pessoa que via no espelho...Era mudar-me a mim mesma.


Deixei de rir, e chorar? Chorava por não ter mudado mais cedo. Chorava por ter vivênciado um acontecimento tão amargo, em tão tenra idade. Chorava por saber que tal como me sucedeu a mim, mil e uma pessoas estariam na mesma situação. E porquê?
Porquê?


Porquê que tinha de ser assim tão difícil ? Sempre houve perdas no mundo, porquê que não nos habituámos já a isso. Porquê que por muito que aconteça, parece que sempre é a primeira vez?


Passei a ser directa com as palavras, a ser fria com as verdades, mas eu estou bem! Não preciso de médicos! Só precisava...Dele.
I DON'T NEED NO DOCTOR, 4 Floors Up

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