terça-feira, 20 de abril de 2010

Aos meus 18 anos


Tinha 18 anos nessa altura.
Levava a vida
A rir e a cantar;
P'ra mim, tudo era Sol, tudo doçura;
Canseiras, não as tinha de maior,
Nem supunha que pudesse existir;
Porém um dia...
Elas vieram sem eu esperar!
É que...sem dar por isso, sem sentir,
Deixei-me apaixonar...
Então, desde essa hora, para mim
A vida começou d'outra maneira;
Já não ria tanto...nem cantava;
E já então,
Havia algo de canseira que me parecia ilusão!
É que eu...amava...
E logo tão loucamente
Que senti preso a esse Ente querido, o meu pobre coração;
Mas ele...não amava...ah! Ele não.
Passou tempo...
Uma noite em que eu velava,
Pareceu-me ouvir uma voz...que me dizia a sorrir:
Não te queiras iludir;
Olha:
São os teus 18 anos que assim te fazem sofrer;
E tu, tu precisas de viver.
Vê como dantes vivias...
Feliz sem esses pensares;
E tu podes, se quiseres, voltar ao mesmo...
E não amares.
Vê como a vida era linda,
E lhe encontravas doçura!
Assim, ela é toda lágrimas, toda dor, toda tortura...
Eu, vim falar-te esta noite
Porque te quero ver sorrir;
E, ainda mais...p'ra pedir, ao teu pobre coração,
Não ames, não te queiras iludir,
Olha que os 18 anos, é idade de ilusão.
Acordei de repente, e vi-me só...
De quem seria essa voz que me falou?
Desconhecia...mas, fiquei contente,
Pois na minha vida ainda tinha,
Quem de mim tivesse dó!
Porém, aquela voz fez-me bem,
De mim afastei loucuras, que me faziam demente;
E o meu pobre coração,
Nunca mais teve torturas.
Agora...vivo feliz novamente,
Convencida e com razão:
Que esses meus 18 anos,
Foram dias de ilusão!

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