segunda-feira, 19 de abril de 2010

Life's a climb, but the view is great! :)

Renegamos o mundo, renegamos a vida. Temos tendência a não aceitar as verdades, a acariciar os enganos propositados. Temos tendência para o abismo, para a desilusão.

Vestimos-nos de vícios e mentiras e caminhamos alegremente por entre as ruas sombrias da nossa vida, procuramos uma encruzilhada, pela qual sempre esperámos, mas quando ela chega, não temos bem a certeza do que havemos de escolher. Estarei certa? Estarei errada? Direita ou esquerda?


Deliciamos-nos com uma sociedade cheia de regras e leis, uma sociedade doente à qual ninguém consegue fugir. Tentamos desviar a rota e passar ao lado das obrigações, desejamos que ninguém nos veja fazê-lo, mas arrependemos-nos.

Vivemos a vida a correr e não aproveitamos o que de melhor temos, não aproveitamos a escola. Achamos uma perda de tempo carregar livros e ouvir palestras, afinal, temos sempre algo de melhor para fazer, no entanto, talvez seja tarde de mais, quando quisermos recuperar a juventude e viver novamente rodeada daqueles grandes amigos que partilhavam connosco, esta nossa segunda casa.

Ganhamos hábitos e manias, acostumamos-nos ao poder e quando já não o temos sentimos-nos perdidos...sentimos que algo de muito importante em nós desapareceu. Sentimos-nos nus.
Mas será verdade? Ou será apenas ilusão? Um estado psicológico ao qual nos agarramos constantemente como um bebé se agarra às saias da avó!
Não precisamos de máquinas, robôs ou até mesmo poder...só precisamos de sentir a paixão, de morrer na tristeza, precisamos de nos sentir vivos.

Magoamos-nos constantemente a nós próprios, fazemos com que os nossos olhos só vejam aquilo que nos convém e quando uma gota de água salgada nos corre pela face, formando um rio que nos lava os olhos, vemos a verdade. Vemos aquilo que nos fez chorar, vemos o que provocou o rio.

Quanto mais dura é a vida, mais intensamente a vivemos. Mais chorámos, mais rimos, mais sentimos...mais vivemos. Só quem sente a dor é capaz de sentir a alegria. Só quem sofre, é capaz de sorrir verdadeiramente.

Só uma pequena minoria é capaz de dizer "Estou vivo".

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